A saída de Arequipa deveria ser rápida, mas o maldito
programa de GPS que compramos na hora H não funcionava e tivemos que sair da
cidade pedindo informações, o que te leva para diversas direções menos para a
certa.
Recebemos várias informações erradas inclusive de policiais.
Depois da difícil saída de Arequipa, e o congestionado
trânsito na periferia, encaramos uma serra muito ingrime e com milhões de
caminhões. A altitude compromete muito o rendimento do motor, transformando as
ultrapassagens em uma aventura de alto
risco.
Nas primeiras 2 horas não tínhamos completado nem 60 Km, e
isso me assustava, pois a perspectiva de pegar a estrada a noite era grande.
Placas de sinalização é uma coisa que eles não conhecem e as
informações em km também não existem, são sempre em horas e cada um tem uma
percepção de tempo de viagem. No caminho chegamos a perguntar várias vezes e as
informações do mesmo ponto variavam de 3 a 8 horas até Cusco.
As várias paradas
policiais eram também outro grande obstáculo para conseguirmos uma boa média. Há muitas barreiras policiais no interior,
principalmente anti drogas, mas não tivemos problemas com nenhuma delas, sempre
olhavam os documentos e nos liberavam, acontece que vai se formando uma fila de
carros e caso um lá na frente tenha alguma coisa suspeita, a fila não anda pó
muito tempo, atrasando bastante o reinicio da viagem.
Resumo da ópera, anoiteceu e ainda faltavam mais de 100 Km
para Cusco, o que preocupava bastante, pois quando haviam mini cidades ou
vilarejos para atravessar a preocupação eram os pedestres e fora delas eram os
animais, cachorros, vacas, mulas, alpacas.....
Fora as paradas obrigatórias, 2 pedágios, 3 paradas
policiais e abastecimento, só paramos duas vezes para o banheiro (a beira da
estrada mesmo).
Chegamos em Cusco em meio a uma gigantesca festa religiosa
em plena praça de armas, onde ficava nosso Hotel o que nos fez rodar muito e só
conseguir estacionar o carro 4 quadras acima do hotel.
Descemos primeiro com a Luiza e algumas malas e depois fui
buscar o resto. Para descer foi tudo bem, mas para voltar ao carro, a altitude
cobrou e o ar acabou antes mesmo da primeira quadra.
Durante o percurso para chegar a Cusco, já havia sentido uma leve falta de ar nos pontos onde a estrada chega a atingir 4500 metros de altitude.
A escolha do hotel, como sempre, levou muito em consideração
o preço, mas fizemos questão de ficar perto da praça de armas, onde tudo
acontece para os turistas. O hotel fica em uma antiga residência com um pátio a
céu aberto, onde é servido o café da manhã e onde fica também a recepção; não é
muito novo e as instalações não são nada modernas, mas a cama é boa e quente.
Acordamos cedo e após o café da manhã gravamos a entrevista
para o programa “Caminhos Alternativos” da CBN, sempre por telefone e a tarde sai
em busca de um concessionária Nissan para a troca das pastilhas de freio, que
foram muito usadas nos vários quilômetros de serra que pegamos até agora.
Educação e competência são duas coisas que os funcionários não
conhecem na concessionária Nissan de Cusco. Na oficina o único com quem
consegui falar foi o segurança que não soube dizer com quem eu devia falar e me
mandou para a loja (vendas) que me mandou de volta para a oficina, onde me
disseram que estavam fechando para o almoço e que eu deveria voltar depois.
Corri para a seção de peças para tentar comprar o filtro de
ar, e apesar do preço absurso de quase
R$ 200,00, ninguém conseguia confirmar se a peça era a mesma que eu queria e
como não me deixavam ver o filtro para saber se era o que eu precisava.........
resultado: não consegui comprar, pois a concessionária não aceitava cartão de
crédito, nem de débito nem dólar e eu não tinha o total em soles (moeda local).
Até entendo que se deve pagar em moeda local, mas uma concessionária de uma das
maiores montadoras do mundo não aceitar cartão de crédito é inaceitável.
Depois da maratona da concessionária, onde não consegui
resolver nada, fui tentar comprar a passagem de trem para Machuppichu na
estação de trem da cidade. Depois da caminhada até lá, fui informado que as
vendas eram feitas em uma rua próxima a Plaza de Armas, que por coincidência
ficava na porta do hotel onde estávamos.
Os preços para o trem são absurdos (variam de US$ 60,00 a
US$ 150,00) e os trens saem de uma localidade a cerca de 100 Km daqui. Fora
isso tem a entrada nas ruínas de Machupicchu que custa 128 soles por pessoa (
R$ 104,00 ), e ainda tem mais 20 dólares
do ônibus que te leva da estação de trem de Àguas Calientes até o topo da
montanha onde fica Machupicchu.
Quanto ao trem, reserve com antecedêcia, pois os horários
com os melhores preços desaparecem rapidinho do painel de ofertas da empresa.
Caro demais !!!
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Diversas classes estão disponíveis, pesquise qual a melhor opção para o seu tempo e bolso.
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Para comer alguma coisa em Àguas Calientes, além dos preços
bem mais altos do que o normal, prepare-se para um taxa de 20% sobre a conta.
A técnica aqui é esfolar o turista até o último centavo
possível ao contrário de outros lugares que tentam fazer com que o turista
volte outras vezes.
Machupicchu continua mágica e atrai milhares de turistas
todos os dias, e a cidade estava lotada.
Filas intermináveis de turistas de diversos países se formavam em cada ponto interessante para uma foto.
Filas intermináveis de turistas de diversos países se formavam em cada ponto interessante para uma foto.
Na minha primeira visita a cidade (1987) eu e mais quatro
felizardos chegamos a Maccupicchu pela trilha inca já no final da tarde e como
a visitação na época se encerrava as 3 horas da tarde, tivemos toda Machupicchu
só para nós até o anoitecer.
2003 1987 2013
Visitamos as ruínas da cidade com um pouco de pressa, já que as nuvens negras anunciavam chuva, mas não deixamos de ver nenhum cantinho.
2003 1987 2013
Visitamos as ruínas da cidade com um pouco de pressa, já que as nuvens negras anunciavam chuva, mas não deixamos de ver nenhum cantinho.
Espalhados pelas ruínas estão muitos espaços bloqueados e
fechados para visitação com uma placa que anuncia “zona de restauração”; mas o
triste é constatar que estas placas estavam no mesmo lugar na minha última
visita e que há muitos outros pontos fechados a visitação.
O que se pode constatar é que não está sendo feita uma
restauração e manutenção adequadas para a manutenção do lugar, e sempre que
alguma parede ameaça cair o lugar é interditado diminuindo a área disponível
para visitação.
A subida até o portal do sol leva em torno de 1 hora, mas
não arriscamos tentar, pois precisávamos guardar energia para carregar a Luiza
em alguns pontos mais cansativos para ela, que apesar do esforço físico e da
altitude, aguentou bem.
A subida e a descida à Machupicchu também é uma viagem a
parte e leva cerca de 30 minutos em uma estradinha mal conservada onde circulam
mais de 30 micro ônibus subindo e descendo com os turistas. Onde cabe somente
um carro eles tentam enfiar dois e durante o percurso várias e várias vezes os
ônibus se encontram em pontos onde fica impossível passar fazendo com que um
deles tenha que voltar de ré até um ponto possível de passagem.
Como Machupicchu fica no topo de uma montanha e o trem só
chega no pé dela, há uma estrada que liga os dois pontos e como a subida não
pode ser em linha reta, um zigue zague montanha acima foi desenhado para que os
ônibus pudessem levar as pessoas até a entrada das ruínas, e é nessa estrada
que a bagunça acontece.
Voltamos já no começo da noite para a estação de Ollantaytamo,
onde deixamos o carro estacionado e onde há uma ruína muito bem conservada para visitação.
VÍDEO - CHEGADA A OLLANTAYTAMBO
Ainda teríamos que encarar os 90 Km que separam a estação de Cusco, onde estamos hospedados, mas como a estrada apesar de bem conservada atravessa vários vilarejos, não conseguimos chegam em Cusco a tempo, nem em condições físicas para jantar.
onde deixamos o carro estacionado e onde há uma ruína muito bem conservada para visitação.
VÍDEO - CHEGADA A OLLANTAYTAMBO
Ainda teríamos que encarar os 90 Km que separam a estação de Cusco, onde estamos hospedados, mas como a estrada apesar de bem conservada atravessa vários vilarejos, não conseguimos chegam em Cusco a tempo, nem em condições físicas para jantar.
Apesar dos altos preços a visita a Machipicchu é altamente
recomendada, e se você tiver tempo, condição física boa e mais um pouco de
dinheiro recomendo fazer pela trilha, uma caminhada de 4 dias pela cordilheira
e que é oferecida por diversas operadoras em Cusco. Na minha última viagem fui
pela operadora Flamingo, que fica na Plaza de Armas e que segundo informações
continua sendo uma boa opção. Tire também
alguns dias para não fazer nada em Cusco, só ficar perambulando pela Plaza de
Armas e conhecendo os bares e restaurantes da região.
Um comentário:
Parabéns! Linda família, lindas viagens, ótimas dicas, obrigado pelo aprendizado.
Abraço,
Alexandre, POA, RS
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