Para chegar em San Pedro a jornada foi pesada; desde Santiago foram 4 dias de estrada percorrendo mais de 1700 km com paradas em La Serena, Caldera e Antofagasta onde poucos quilometros antes da famosa escultura "mão do deserto", mais um pneu furou, o sexto da viagem.
Decidi que a vida útil dos 4 pneus que estavam no carro já havia terminado e após um belo buraco no orçamento da viagem comprei 4 novas sapatilhas para a criança.
Já de pneus novos deslizamos até San Pedro e já a noite chegamos para a maratona de procurar um lugar para ficar.
tentamos pela internet nos dias anteriores, mas os preços que normalmente na net são melhores, estavam nos assustando.
A tática acabou dando certo, mas demorou e deu trabalho, foram quase 10 hotéis visitados antes de optarmos pelo Coruastch (o nome é estranho, mas o lugar é muito legal e tinha estacionamento).
Nessa hora dá inveja de um motor-home. Encontramos diversos rodando a região a grande maioria francês, só aqui em San Pedro tem 4 parados.
Já instalados e bem dormidos, saimos pela manhã e visitamos a lagoa Chaxa no meio do Salar de Atacama, onde pudemos ver alguns flamingos no meio dos lagos de sal.
Depois partimos para conhecer a lagoa mascanti e cometi o mesmo erro da última vez.
As placas informavam 111 Km até a lagoa, mas como já havia acontecido da outra vez, fiquei sem combustível na estrada que liga a lagoa.
Percorremos os 111 Km pela rodovia que liga San Pedro a Socaire, último ponto do asfalto, depois teríamos mais 46 Km em terra, e só aí descobrimos que a distância apontada nas placas eram até a interligação da estrada que ligava a lagoa. Dai para a frente seriam sei lá quantos Kms e resolvi não arriscar pois tinha pouco combustível.
Pedi informação para dois carros que voltavam de lá e recebi informações completamente diferentes em distância o que me deixou mais em dúvida ainda.
Para segurança geral voltamos para a cidade.
No final da tarde fomos para o vale da lua, mas como demoramos demais perdemos o por do sol, mas visitamos as cavernas e o vale que faz jus ao nome.
No dia seguinte fomos visitar a laguna Cejar e os Ojos de Cejar.
A laguna está dentro do Salar de Atacama e devido a grande concentração na água, é impossível afundar nela.
Apesar do sol, o calor não era suficiente para encarar a água gelada da lagoa. Para nós, claro, porque a Luiza encarou na boa.
Sair da lagoa limpo é impossível, e em poucos segundos a água evapora e a pele fica cheia de sal.
E os vulcões sempre a nossa volta....
outro ponto muito bonito é a lagoa Tabinquinche que é visitada por pouca gente e fica 15 Km após a lagoa Cejar.
Por conta de estarmos viajando com a Luiza, alguns destinos tornan se inviáveis para nós. Por isso abortamos os Gaysers de Tatio, pois as temperaturas por lá estavam batendo na casa dos 15 graus negativos.
O próximo destino a partir daqui seria a Bolívia, mas depois de algumas conversas decidimos abortar também esse trecho invertendo o roteiro, pois o trecho que deveriamos percorrer a partir daqui, também estava com temperaturas baixíssimas e o único ponto de apoio entre San Pedro e Uyuni (Bolívia) era um alojamento sem nenhuma estrutura.
Partimos então para Arica, onde cruzaremos a fronteira com o Perú.
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